Dica 8 – O que é importante conhecer e acompanhar no sistema de direção?
Antigamente o sistema de direção era totalmente mecânico. Também chamado de direção manual este sistema não oferece nenhum auxílio adicional para facilitar o seu funcionamento.
Ou seja, no sistema manual cabe
ao motorista assumir toda a força
necessária para girar o volante.
A coluna de direção sempre é a peça responsável por levar o movimento do volante até a caixa de direção. A partir desta temos barras articuláveis que saem da caixa de direção para as rodas dianteiras do veículo.
A articulação das rodas com as pontas destas barras são protegidas por
uma coifa de borracha que, assim, finalmente transferem os movimentos da
direção às rodas.
Ao final de cada barra temos terminais de direção que são responsáveis
por interligar o mecanismo de direção às rodas, permitindo independência de seus
movimentos e os da suspensão.
Mais recentemente a grande maioria dos carros que circulam no Brasil passou
a ter dois tipos diferentes de sistema de direção, além do tradicional sistema
mecânico e manual.
O primeiro é o sistema de direção
hidráulica que é o mais comum e mais
popular, visto a enorme disponibilidade de carros equipados com ele no mercado
nacional.
Na direção hidráulica, existe
um mecanismo que bombeia o óleo fazendo-o circular pelo interior da caixa de
direção, permitindo que a direção se
torne muito mais leve se comparada com a direção mecânica.
O segundo sistema é a direção
elétrica que introduziu nos veículos um sistema mais econômico, mais
confortável e, também, mais inteligente e confiável, já que seu funcionamento
dispensa a bomba de óleo, pois tudo é feito eletronicamente.
Na direção elétrica a bomba que impulsionava o fluido na direção hidráulica
é substituída por um módulo eletrônico e por um mecanismo elétrico.
Existem dois tipos comuns de direção elétrica.
O primeiro com o mecanismo elétrico localizado na parte superior da coluna
de direção e o segundo situado mais abaixo, na caixa de direção.
Os pontos altos da direção elétrica são a dirigibilidade extremamente leve e precisa, pois ela trabalha com sensores que permitem registrar a velocidade e força aplicada por cada motorista, garantindo uma condução mais acertada.
Exatamente por causa destes sensores, esse tipo de direção tem a vantagem adicional de ter em alguns modelos e montadoras, veículos equipados com luzes de sinalização de falhas que se acendem no painel.
Curiosamente, as diferenças entre os tipos de direções (mecânica, hidráulica e elétrica) também acabam sendo refletidas no custo e no momento da respectiva manutenção. Os valores dos reparos são menores para a direção mecânica e bem maiores para a hidráulica e para a elétrica.
Não são poucos os sinais que indicam quando há algo de errado com a
direção, seja ela mecânica, hidráulica ou elétrica, mas invariavelmente eles se
referem ao fato da sensação de que a direção está ficando dura ou pesada.
No caso de problemas com a
direção mecânica estes sempre estão ligados aos desgastes ou quebras de seus
componentes.
No caso da direção hidráulica do carro, muitas vezes o problema pode
estar no óleo velho ou contaminado que não consegue mais garantir a
lubrificação adequada.
Outro problema na direção hidráulica é a retenção de ar, que pode ser
causado por um retentor defeituoso na sua bomba de pressão. Nesse caso, o
fluido sairá (apresentando vazamentos) e o ar entrará, rompendo a bomba
hidráulica e causando barulhos.
Nesta situação, uma simples inspeção visual, detectará se está existindo
algum vazamento neste componente ou se o nível do óleo está baixo. É claro que
se for detectado algum problema o reparo tem que ser feito o mais rápido
possível.
Por outro lado, a direção (independente do tipo) é outro item de longa
vida útil na maioria dos veículos e que raramente apresenta defeito. Contudo, evite
girar totalmente a direção, seja para a esquerda ou para a direita com o
veículo parado.
Perceba que ao forçar este giro, sobrecarregamos o sistema e isto, eventualmente, pode gerar um ruído na direção por causa do pontual esgarçamento e pressão excessiva no sistema com desgastes prematuros dos seus componentes.
Tenha sempre em mente que os vazamentos são os maiores inimigos da direção hidráulica. Tratando-se de um sistema que utiliza a circulação de fluidos é essencial ter maior atenção para qualquer vazamento, em especial, devido o desgaste natural das peças.
O nível do reservatório do fluido também merece constante verificação
sempre que se erguer o capô e, caso, esteja abaixo do nível mínimo recomendado
é necessário completar o mais rápido possível.
Existe uma correia que aciona a bomba de óleo da direção hidráulica e o
seu perfeito alinhamento e eventual troca também deve ser considerado. Esta
correia frouxa pode ocasionar tanto chiados desagradáveis e ruídos agudos
quanto, até mesmo, deixar a direção extremamente pesada.
Da mesma forma, se um sistema de direção elétrica apresentar algum
defeito, você imediatamente notará a direção pesada.
O sistema elétrico é um projeto muito mais simples se comparado ao mecânico.
A ausência de alguns itens também reduz sensivelmente a necessidade de
manutenção.
Neste caso, o trabalho para identificar a causa de algum problema eventual
se concentra na busca por curtos-circuitos que possam prejudicar o acionamento
do motor elétrico. Além da busca de possíveis curtos, deve ser feita uma
análise minuciosa para encontrar danos nos sensores.
De uma forma geral, parte da manutenção da direção elétrica deve ser incluída
sempre que se revisar a parte eletrônica do carro. Até porque teoricamente, neste
caso, todos os componentes elétricos serão testados e, ao apresentarem danos,
serão substituídos.
Resumindo, independente do sistema de direção presente em seu carro, atente que por mais robusto e confiável seja um componente automotivo, se ele for continuamente sobrecarregado a probabilidade de apresentar algum problema em um futuro mais próximo se ampliará proporcionalmente.
A maioria dos fabricantes indica apenas completar o fluído da direção sempre que necessário. Logo, não devemos prever uma troca programada para este item.
Todavia, o bom senso sugere fazer uma revisão acurada a cada 50.000km e antes disso apenas verifique com razoável frequência se há algum vazamento e se o fluido está no nível.
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Complementos:
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para ver on line)
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para baixar o PDF)
Tabela sugestiva para manutenção automotiva (clique para ver on line)
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