Dica 5 - Qual a real importância do óleo da caixa de câmbio?
Para os veículos com câmbio
manual, a maioria dos seus fabricantes automotivos afirma que o seu óleo da
caixa dispensa trocas. Sendo eventualmente sugerido fazer apenas uma
verificação periódica para conferir o nível.
Contudo, se este baixar, é sinal que esta ocorrendo alguma anormalidade,
como por exemplo, um vazamento não previsto.
Convém lembrar que, ao contrário do lubrificante do motor, o óleo da
caixa de transmissão manual tem
longa vida útil, pois, não sofre grandes variações de temperatura, não é
queimado, expelido pelo escapamento nem contaminado pelo combustível.
Então, diferente do que acontece no motor onde é normal o nível do óleo
lubrificante baixar, no caso das caixas
de câmbio manuais, se o seu nível cair é sinal que há uma irregularidade e o
carro deve ser levado imediatamente para o reparo de um possível vazamento.
Mesmo a maioria dos fabricantes afirmarem que é desnecessário fazer a
troca do óleo da caixa de transmissão manual é bastante interessante
considerarmos verificações mais frequentes, reposição parcial ou até uma troca
total a partir dos 50.000 quilômetros rodados.
Afinal, o óleo de caixa estando sempre em bom estado é a melhor garantia
para uma longa vida e perfeito funcionamento da sua transmissão.
Ainda assim, algumas falhas e ruídos podem significar que é hora de
parar em uma oficina mecânica de confiança e verificar se há algo está errado
na sua caixa de marcha, como por exemplo, ao tentar passar as marchas, o encaixe não acontecer de forma suave ou
elas se desencaixarem sozinhas e não permanecerem fixadas em seu correto local.
Outro sinal bem característico é quando manchas de óleo começam a surgir no chão onde o carro fica
estacionado. Neste caso, uma simples verificação visual na parte inferior do
veículo indicará se há algum vazamento, inclusive, se ele for oriundo da caixa
de câmbio.
Quando o carro apresenta alguma vibração
durante a troca de marchas também é outro sinal bem significativo e,
finalmente, apenas em veículos equipados com uma luz de indicação no painel para
este item, se a mesma permanecer acesa durante o uso ou piscar esporadicamente
deve-se levar o carro para a oficina para verificação.
Um pouco diferente do câmbio manual, o câmbio automático requer uma manutenção mais rigorosa e atenciosa,
conforme o que estiver determinado no manual do fabricante.
Algumas montadoras recomendam uma troca do óleo da transmissão automática que variam entre 50.000km e 100.000km e, em
alguns casos, também checar o nível a cada 20.000km ou 30.000km tanto para as caixas automáticas quanto para as denominadas
caixas automatizadas.
No caso de se efetuar a substituição parcial do óleo da transmissão
automática, atente que a quantidade da troca feita por meio da retirada do
bujão no carter e a respectiva recolocação do óleo esgotado, geralmente, fica
em torno de 2 ou 3 litros na maioria
dos carros no Brasil.
Por outro lado, a
capacidade total do sistema da caixa automática sempre é bem maior (aproximadamente
o dobro da quantidade que sai na troca feita por meio da retirada do bujão no carter).
Isto porque uma boa parte do óleo ainda permanecerá distribuído internamente
nas engrenagens da caixa.
Mesmo que o manual do proprietário indique efetuar a troca do óleo da
transmissão automática com 80.000km
ou 100.000km, considere fortemente sempre
fazer trocas parciais preventivas a cada 40.000km
ou 50.000km ou ainda a cada 24 ou 36
meses.
Aproveite e troque também, sempre que possível, o Filtro Externo Do Cambio Automático (caso exista e se localize
externamente).
Ao fazer isto, apenas uma parte
(em torno de 50%) é retirada, permanecendo o restante dentro da caixa,
distribuído internamente entre suas engrenagens.
O esgotamento total de uma caixa automática exige
abertura do carter da transmissão e um desmonte bem maior, com um custo de mão
de obra muito mais alto e que somente se justifica nos casos de ser preciso
fazer alguma retífica ou conserto.
Por outro lado, a troca parcial é um método bem simples e similar à
mesma mão de obra realizada em oficina ou pelo mecânico de sua confiança ao
fazer uma troca de óleo de motor:
Escoa-se o fluído pelo bujão do cárter e adiciona-se o fluído novo na
exata quantidade que saiu do velho, preferencialmente, com apoio de um funil e,
até eventualmente, de uma mangueira para auxiliar na reposição.
O ideal é escoar o óleo velho em algum recipiente onde se possa medir o
volume que deverá ser reposto.
A colocação do fluído novo deve ser efetuada através de um funil limpo e
seco. Neste caso, o volume de fluído a ser substituído na maioria das caixas de
transmissão de diversos fabricantes, geralmente, fica em torno dos 3 litros.
Em hipótese alguma permita a colocação de mais fluído do que a quantidade esgotada.
O mesmo pensamento vale para a colocação de volumes menores aos que
foram retirados.
Após a troca, ligue o carro (que deverá estar com a alavanca da
transmissão na posição P – estacionamento ou parking). Pise no freio e com o
carro ligado vá passando lentamente por todas as posições da alavanca de câmbio
dando um intervalo de 2 segundos em cada posição. Repita uma ou duas vezes este
procedimento.
Por fim, meça o nível do fluído pela vareta de medição com o motor quente. Visualize o lado da vareta escrito HOT e a marca deve ficar dentro na parte achurriada (XXXXX) entre os dois pontos (mínimo e máximo).
Para veículos com alta
quilometragem e sem histórico previamente conhecido de trocas, convém optar
inicialmente por duas ou até três
trocas sucessivas, em intervalos semanais, na primeira reposição.
Ou seja, na primeira troca, simplesmente deve-se fazer as trocas
indicadas acima mais de uma vez em um intervalo mais curto (alguns dias). Com
isso, o óleo velho e sujo que permaneceu no sistema se mistura com o novo que
será adicionado a cada troca e se diluirá, ficando um pouco mais limpo a cada
reposição.
Neste caso, sempre troque o filtro
externo do fluido da transmissão na última troca (caso ele exista e
esteja localizado externamente).
O custo desta operação é bem maior (de duas ate três vezes mais cara), porém compensa se não tivermos informações fidedignas sobre a periodicidade da manutenção deste componente tão importante. Por fim, sempre meça o nível do fluído pela vareta de medição.
Tenha sempre atenção como será realizada e qual tipo de
reposição ocorrerá, pois o preço de cada
litro deste fluído é bem maior (no mínimo o dobro) se comparado com o custo do
óleo de motor.
Finalmente,
acompanhe com muita atenção e frequência tanto o nível, quanto o estado do
óleo de transmissão.
Esse cuidado se justifica plenamente, visto que uma retífica em uma caixa de transmissão automática tem um custo extremamente alto.
Dica 1 - Qual a importância e o significado de cada luz do painel?
Dica 2 - Quanto se gasta realmente com um carro por mês?
Dica 3 – Por que seguir as especificidades do óleo lubrificante do motor?
Dica 4 – Quais os cuidados ao dar a partida no motor e como usar a caixa de câmbio?
Dica 5 – Qual a real importância do óleo da caixa de câmbio?
Dica 6 - Quais os cuidados são necessários com a temperatura do motor e com o líquido do sistema de arrefecimento?
Dica 7 – Para que serve e como funciona o fluido de freio?
Dica 8 – O que é importante conhecer e acompanhar no sistema de direção?
Dica 9 – Para que serve esse tal de filtro de ar?
Dica 10 – Para que serve um filtro de gasolina?
Dica 11 – O filtro do ar condicionado precisa ser trocado?
Dica 12 – Quando trocar a palheta do limpador do para-brisa?
Dica 13 – Quais os cuidados devemos ter com a bateria?
Dica 14 – Quanto tempo dura um pneu e quais os cuidados devemos ter com eles?
Dica 15 – Quando substituir as velas de ignição?
Dica 16 – Por que manter cheio o reservatório de partida a frio e também do lavador do para-brisa?
Dica 17 – É preciso fazer regularmente a limpeza de bicos de injeção e esse tal de TBI?
Dica 18 – Como funcionam e para que servem os sensores automotivos?
Dica 19 – Quais são e como funcionam os principais sensores automotivos?
Dica 20 – Como funcionam e para que servem as bobinas?
Dica 21 – Como funciona o motor de arranque?
Dica 22 – Quando trocar a correia do alternador e seus tensores?
Dica 23 – Tem diferença entre essa tal de correia dentada do motor e a corrente de comando?
Dica 24 – Quais os cuidados devemos ter com a suspensão do carro?
Dica 25 – Para que serve calço do motor?
Dica 26 – Quando trocar os amortecedores?
Dica 27 – Quais os cuidados devemos ter com os freios?
Dica 28 – Como funciona o sistema de arrefecimento?
Dica 29 – Como saber se a injeção eletrônica está com problemas?
Dica 30 – O que é módulo central (ECU) e Centralina?
Dica 31 – Quais os cuidados devemos ter com o motor?
Dica 32 – O que são trizetas, tulipas, coifas e semi-eixos?
Dica 34 – Como limpar adequadamente o carro?
Complementos:
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para ver on line)
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para baixar o PDF)
Tabela sugestiva para manutenção automotiva (clique para ver on line)
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