Dica 31 – Quais os cuidados devemos ter com o motor?
Cuidar do motor do carro deve ser uma tarefa natural e simples. Basta estar atento aos pequenos sinais e detalhes que, em geral, a máquina libera quando o seu funcionamento começa a mostrar imprecisões e ruídos diferentes.
Resumidamente, não há muito a se fazer.
Basta realizar, nos intervalos indicados pelo
fabricante, a manutenção preventiva dos componentes que interagem com o motor
para que indiretamente a sua vida útil seja consideravelmente ampliada e também
se minimize bastante o risco de surgir algum problema eventual.
Além
destes cuidados preventivos, também devemos ter uma atenção maior para o cárter que é um recipiente metálico
localizado na parte inferior do motor que protege e assegura a lubrificação de seus
mecanismos.
Realmente este
componente deve o seu nome ao engenheiro inglês J. Harrison Carter (1816–1896)
que o propôs como sistema de retenção de óleo para lubrificador de corrente, durante
uma exposição das bicicletas Sunbeam em fevereiro de 1891, (Stanley Cycle Show
de 1891), ainda nos primórdios da invenção dos veículos com motor a explosão e
a descoberta a partir de 1850 de que se podia usar o petróleo como
combustível.
Ao reter o óleo por meio de uma tampa metálica selada (chamada de carter em homenagem ao seu inventor), o sistema propicia e garante a recirculação do lubrificante em todo interior do motor.
Contudo, um problema frequente ocorre no alojamento do filtro de óleo resultante de manuseio incorreto da rosca que fixa o respectivo filtro no carter de alguns carros.
Um descuido ao se rosquear com torque excessivo ou retirar de forma inadequada o filtro no corpo do cárter, pode resultar em um grave problema, e se isto acontecer, existirá um grande risco de vazamento pelo filtro de óleo após a substituição.
Não
é raro os fabricantes sugerirem que as válvulas de seus motores sejam reguladas
com determinada frequência.
Normalmente o intervalo indicado pelas montadoras para estas regulagens dificilmente ultrapassa de 50.000 km em média, podendo variar de acordo com as condições de operação do veículo e sua manutenção.
Isto se justifica porque devido ao desgaste natural, as válvulas tendem a sofrer alterações nas folgas, para maior ou para menor. Mesmo sendo ínfima, qualquer modificação neste componente interfere no consumo e no desempenho do motor.
Quando a folga é maior do que a especificada pelo fabricante, o barulho característico denuncia a necessidade de regulagem. Entretanto, se a folga ficar menor não haverá ruído, mas, a válvula ficando “presa” certamente provocará irregularidades no funcionamento do motor.
Um som leve, semelhante ao
barulho de uma máquina de costura, indica que a válvula necessita de um ajuste
ou que pode estar solta. Contudo, se os ruídos forem mais fortes, isso pode sinalizar
que a peça está desgastada ou danificada e, nesse caso, é indicado que a troca
seja realizada.
Outro sinal é
quando o carro faz fumaça na hora da partida. A válvula pode estar com
problemas na vedação e o excesso de óleo passa pelo sistema, ocasionando
fumaça.
A perda de potência do motor pode ser outro sintoma, desde que ela estiver acompanhada de aumento no consumo, ruídos ou de fumaça, sinalizando desregulagem ou falha nas válvulas. Quando o comando da válvula de carro apresenta algum tipo de falha, o motor precisa aumentar a pressão e sobrecarrega o trabalho para chegar à potência necessária.
Isso pode gerar um superaquecimento do sistema, o que invariavelmente leva à parada do veículo.
Um dos maiores causadores de problemas com as válvulas do veículo é exatamente a qualidade e a quantidade de óleo.
A sujeira e os baixos níveis do
lubrificante podem danificar ou desgastar as pontas das válvulas. Com isso,
elas podem ser bloqueadas ou não funcionarem da maneira correta.
Por esta razão é muito importante ficar atento às revisões programadas.
A mesma atenção é necessária quando se utiliza o veículo em alta rotação por muito tempo, pois isso pode ocasionar o superaquecimento. Dirija observando o giro do motor no painel (marcador de rotação por minuto - RPM) e não exceda o limite para não causar danos a essas peças.
Em casos de constante
excesso, as válvulas podem entortar pelo aumento da pressão promovida para
manter o giro alto e, com isso, danificar o bloco.
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Complementos:
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para ver on line)
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para baixar o PDF)
Tabela sugestiva para manutenção automotiva (clique para ver on line)
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