Dica 30 – O que é módulo central (ECU) e Centralina?

         Desde o surgimento do automóvel que suas melhorias técnicas surgem cotidianamente e os esforços dos fabricantes são incansáveis neste sentido.

Muitas  modificações foram substanciais em termos de tecnologia e de design, porém a inclusão de um módulo eletrônico no sistema de injeção eletrônica foi sem dúvida o grande divisor dos tempos no contexto automotivo.

Seu precursor surgiu no início dos anos 1990 com o nome antigo de centralina e com os constantes avanços em sua tecnologia, hoje é mais modernamente conhecido popularmente como módulo da unidade central – ECU (sigla em inglês para Eletronic Control Unit, que em tradução livre significa “Unidade de Controle eletrônica”.

Podemos descrever de forma muito simplificada, o funcionamento de uma centralina como sendo uma receptora dos sinais eletrônicos emitidos pelos sensores e emissora das ativações dos atuadores.

A centralina, por sua vez, é basicamente constituída por um conversor de sinais elétricos analógicos para digitais recebidos dos sensores. Também possui um processador digital de sinal – DSP (sigla em inglês para Digital Signal Processor) que efetivamente processa os sinais recebidos dos sensores, efetua os cálculos e gera os sinais de saída para os atuadores, resultantes dos cálculos efetuados.

Semelhante ao que também já existe em um computador, uma centralina sempre possui uma  memória permanente (neste caso uma memória EEPROM ou memória FLASH) nas quais reside o programa (software) permanente que controla todo o funcionamento do módulo. Também possui uma memória volátil (memória RAM) no qual o processador digital de sinal (DSP), armazena temporariamente os dados do veículo em funcionamento, enviados pelos sensores a cada instante.



Essa estrutura básica praticamente se manteve nos atuais e mais modernos módulos da unidade central – ECU, além da presença de portas eletrônicas de entrada e saída de dados, que são as portas de comunicação entre o processador digital de sinal (DSP) e os conversores de sinais elétricos analógicos para digitais (sinais recebidos dos sensores).

Também possui portas eletrônicas para os conversores que agem inversamente transformando os sinais digitais emitidos pelo módulo em sinais analógicos que são enviados para os atuadores.

 

Por essa razão, ainda é muito comum as pessoas chamarem uma ECU de centralina ao se referirem ao módulo da unidade central que hoje é o  principal avanço tecnológico para otimizar o desempenho do motor.

Isso se explica porque no passado a função da centralina era unicamente comandar a injeção de combustível, substituindo o trabalho que era feito pelos carburadores nos veículos mais antigos.

Hoje, suas funções se ampliaram consideravelmente, e vão muito além dos controles de temperaturas e níveis do óleo e do motor, gerenciamento na emissão de gases, monitoramento do consumo, desempenho, velocidade, densidade do ar, entre muitas outras, todas visando maior economia, conforto, segurança e potência embarcadas em um sistema altamente confiável e robusto.

Atualmente o moderno módulo da unidade central também é responsável por fazer a interface de quase todos os componentes eletrônicos do carro com o motorista do veículo e com o motor do mesmo.

 

Como vimos, originalmente este módulo eletrônico era único e se encontrava no compartimento do motor no lado direito (lado do passageiro) dos veículos.

Contudo, hoje já podemos encontrar carros com um ou até diversos módulos de controle distribuídos em vários locais do automóvel, que também são popularmente chamados de centralinas.

 

Muitos deles possuem várias destas centrais adicionais de comando, inclusive, dentro das portas, dependendo das funções que os vidros e a própria porta possuem, como sistema antiesmagamento, sensores eletrocrômicos, segredos de chaves, etc.

Como já foi explicado, repetimos que as funções e os controles eletrônicos automotivos se ampliaram bastante e atualmente podem se estender para qualquer parte do veículo.


Por exemplo, é normal encontrarmos em alguns modelos de veículos, pequenas centrais de comando eletrônico adicionais (centralinas) para funções específicas, como por exemplo, controle das portas – DCU (sigla em inglês para Door Control Unit), gerenciamento da transmissão automática - TCU (sigla em inglês para Transmission Control Unit), acionamento dos airbags – ACU (sigla em inglês para Airbag Control Unit), regulagem eletrônica dos bancos – SCU (sigla em inglês para Seat Control Unit), controle automático do ar condicionado – CCU (sigla em inglês para Climate Control Unit), supervisão da velocidade – SCU (sigla em inglês para Speed Control Unit), para propiciar velocidade constante de cruzeiro, para controle de tração (nos carros 4x4), para verificação da autonomia da bateria e diversas outras, quase sempre ligadas a um servidor central (módulo da unidade central), responsável pelo gerenciamento total e por realizar a comunicação necessária entre elas.

Enfim, a estrutura de qualquer central de comando eletrônico é totalmente computadorizada e seus componentes internos são muito similares aos atualmente existentes nos principais dispositivos computacionais que utilizamos em nosso cotidiano (computador, notebook, tablet, smartphones, etc).



         Isso tudo explica o crescente desenvolvimento e as melhorias constantes desde que esta tecnologia foi embarcada nos nossos veículos.  

Em geral, ela fica encerrada em uma pequena caixa rígida, fechada e impermeável para preservar e proteger seus componentes eletrônicos e, felizmente, é um item bem robusto, possui longa vida útil e dispensa manutenções preventivas, segundo a maioria dos fabricantes.


            Portanto, se hoje você entra em seu carro e se admira com o seu desempenho, com a sua economia, com a eficiência do ar condicionado automatizado, dos bancos que aquecem e esfriam conforme a necessidade, ou dos vidros, retrovisores, limpadores de para-brisa e faróis inteligentes que tornam a dirigibilidade bem mais segura, ou ainda do controle de tração, do piloto automático e inúmeras outras funções, agradeça a esta moderna tecnologia presente e definitivamente embarcada em seu veículo.


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Dica 1 - Qual a importância e o significado de cada luz do painel?     

Dica 2 - Quanto se gasta realmente com um carro por mês?              

Dica 3 – Por que seguir as especificidades do óleo lubrificante do motor?        

Dica 4 – Quais os cuidados ao dar a partida no motor e como usar a caixa de câmbio?    

Dica 5 – Qual a real importância do óleo da caixa de câmbio?         

Dica 6 - Quais os cuidados são necessários com a temperatura do motor e com o líquido do sistema de arrefecimento?  

Dica 7 – Para que serve e como funciona o fluido de freio? 

Dica 8 – O que é importante conhecer e acompanhar no sistema de direção?  

Dica 9 – Para que serve esse tal de filtro de ar?     

Dica 10 – Para que serve um filtro de gasolina?  

Dica 11 – O filtro do ar condicionado precisa ser trocado?   

Dica 12 – Quando trocar a palheta do limpador do para-brisa? 

Dica 13 – Quais os cuidados devemos ter com a bateria?    

Dica 14 – Quanto tempo dura um pneu e quais os cuidados devemos ter com eles?  

Dica 15 – Quando substituir as velas de ignição?  

Dica 16 – Por que manter cheio o reservatório de partida a frio e também do lavador do para-brisa?  

Dica 17 – É preciso fazer regularmente a limpeza de bicos de injeção e esse tal de TBI?   

Dica 18 – Como funcionam e para que servem os sensores automotivos? 

Dica 19 – Quais são e como funcionam os principais sensores automotivos?   

Dica 20 – Como funcionam e para que servem as bobinas? 

Dica 21 – Como funciona o motor de arranque?        

Dica 22 – Quando trocar a correia do alternador e seus tensores? 

Dica 23 – Tem diferença entre essa tal de correia dentada do motor e a corrente de comando?    

Dica 24 – Quais os cuidados devemos ter com a suspensão do carro?    

Dica 25 – Para que serve calço do motor?    

Dica 26 – Quando trocar os amortecedores?  

Dica 27 – Quais os cuidados devemos ter com os freios?   

Dica 28 – Como funciona o sistema de arrefecimento?    

Dica 29 – Como saber se a injeção eletrônica está com problemas? 

Dica 30 – O que é módulo central (ECU) e Centralina? 

Dica 31 – Quais os cuidados devemos ter com o motor?  

Dica 32 – O que são trizetas, tulipas, coifas e semi-eixos?     

Dica 33 – O escapamento precisa de manutenção (coletor, abafador, silencioso, catalisador e sonda lambda)? 

Dica 34 – Como limpar adequadamente o carro? 

Complementos:

Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para ver on line)  

Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para baixar o PDF) 

Tabela sugestiva para manutenção automotiva (clique para ver on line)

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