Dica 15 – Quando substituir as velas de ignição?
As velas de ignição são responsáveis por gerar as faíscas (centelhas) no interior da câmara de combustão e, assim, promover a queima da mistura oxigênio (comburente) e combustível.
Esta combustão provoca uma pequena explosão interna que impulsiona um
pistão que se move para baixo e, assim, o eixo do motor inicia um giro para o
veículo começar a se movimentar.
O processo da queima de combustível deve acontecer de forma ordenada e
regular dentro de um tempo adequado. Só assim, a explosão que é gerada dentro
da câmara de combustão nos cilindros conseguirá gerar um nível de força ideal.
Se este processo acontecer de forma inadequada, o veículo poderá apresentar perda de potência, aumento no consumo de combustível e descontrole no nível de emissões de poluentes.
Como acontece com qualquer outro componente importante do conjunto mecânico de um carro, as velas de ignição também precisam ser substituídas com uma determinada periodicidade e sua durabilidade está amplamente relacionada à quilometragem percorrida pelo veículo.
Também existe uma forte correlação entre a forma de condução, a
qualidade da mistura ar e combustível e as situações de esforço às quais o
veículo é submetido.
Quando passa da hora de trocar a
vela, em geral, o carro começa a funcionar
desregulado, apresenta dificuldades
na partida, pode ficar com a marcha
lenta alterada, o desempenho fica
ruim e o consumo de combustível
aumenta consideravelmente.
A maioria dos fabricantes recomenda que as velas de ignição sejam
verificadas a cada 10.000 quilômetros rodados. Porém, o período de troca varia conforme cada
fabricante e veículo, mas geralmente não passa de 40.000 ou 50.000
quilômetros para velas convencionais e o dobro para as velas de Iridium.
Uma simples aferição visual permite analisar as condições das velas de
ignição e decidir se elas precisam ou não ser substituídas.
Também não é incomum a luz sinalizadora da injeção eletrônica acender ou
piscar com o carro em movimento para indicar algum problema neste componente ou
nos respectivos cabos.
Se alguma parte de uma vela estiver com tonalidade amarelada,
acinzentada ou em tons de marrom, é sinal de que ela está no fim de sua vida
útil e precisa ser trocada rapidamente.
Normalmente quando a ponta (eletrodo) da vela fica coberta de resíduos
de carvão, indica que ela está sendo carbonizada, da mesma forma se a ponta do
isolador se mostrar esbranquiçado ou com pontos pretos na sua superfície é um
bom indicador que ela está superaquecendo e precisa de substituição.
O isolador cerâmico branco também não pode ter nenhuma trinca, assim como a rosca da vela não pode estar danificada.
Caso ocorra, isto sinaliza que houve excesso de torque (aperto demasiado) quando ela foi instalada, o que pode também indicar problemas no receptáculo da mesma no bloco do motor.
Os eletrodos da vela têm certo desgaste natural, porém o que mais
afeta a vida útil das velas é a regulagem dos parâmetros de alimentação e
ignição e outros componentes com problema como, por exemplo, desgaste dos anéis
ou dos vedadores (ou vedantes) das válvulas com defeitos.
Neste caso, se não for feita uma retífica no motor a troca das velas
deverá ter uma maior frequência até se resolver a origem real do problema.
Uma vela de Iridium, como o
próprio nome indica, é fabricada com este metal mais nobre, conhecido por ser
extremamente duro, raro e bem mais resistente à corrosão.
Já está comprovado que elas funcionam melhor que as velas convencionais em
um motor a combustão, pois além de serem mais duráveis e resistentes também
possuem a capacidade de aumentar a
potência da faísca gerada para a explosão, provocando uma melhor combustão.
Outro ponto que merece destaque é que os eletrodos feitos com esse
material podem ser mais finos. Como consequência, a tensão usada para promover
a faísca na vela é menor, reduzindo a carga no sistema de ignição do motor
devido à menor quantidade de tensão (Volts).
Além disso, ela gera uma faísca
mais precisa aumentando a sua própria vida útil com maior economia de
combustível, melhoria na resposta do acelerador e ligeiro aumento na potência
do motor.
Todos estes pontos justificam o preço superior das velas de Iridium, quando comparados com os valores cobrados nas
velas convencionais com especificações similares.
Basta o carro passar um ou dois meses desregulado ou consumindo acima do
normal por causa de problemas com este item para que o valor gasto a mais com
combustível supere com sobras o custo desta manutenção com velas convencionais.
Já para velas de Iridium é necessário um intervalo de tempo de dois três
meses com o mesmo carro desregulado para o gasto excedente com combustível cobrir
esta troca.
Enfim, inspecionar com frequência
e trocar as velas nos intervalos corretos não pode ser considerado um gasto
a ser postergado e sim uma ação
preventiva de custos.
Infelizmente, este importante
sinalizador chamado de luz de pré-aquecimento das velas ainda esta ausente na
maioria dos automóveis brasileiros,
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Complementos:
Tabela de códigos de falha sistema ODBII/EOBD para scanner automotivo (clique para ver on line)
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Tabela sugestiva para manutenção automotiva (clique para ver on line)
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