Dica 11 – O filtro do ar condicionado precisa ser trocado?

Os principais componentes de um ar condicionado são o compressor, o filtro secador ou filtro do ar condicionado, o condensador e seu respectivo ventilador, a válvula de expansão, o evaporador, o ventilador do evaporador e o gás refrigerante.

O ar condicionado mantém um compressor conectado ao motor por meio de uma correia ou polia, que pressuriza o gás refrigerante em estado gasoso e o envia através de tubulações até o condensador.

Devido à alta pressão e à queda na temperatura, o gás torna-se líquido no condensador e neste estado segue até o filtro secador ou filtro de ar, responsável por remover umidade e impurezas.

Após a conclusão desta etapa, o material refrigerante é transferido à válvula de expansão para redução da sua pressão e consequentemente sua temperatura, sendo levado ao evaporador, no qual passa por várias serpentinas de cobre se resfriando.

Um ventilador localizado à frente do evaporador lança o ar frio pelas tubulações e refrigera o interior do veículo.

Conforme o gás refrigerante volta a se aquecer ele retoma sua forma gasosa e, na sequência, o ciclo se repete. Um termostato, localizado no evaporador, controla a temperatura interna do automóvel por meio do acionamento ou não do compressor.

É um sistema fechado e apesar de robusto ele requer higienização constante, uma vez que o ar refrigerado passa por uma série de tubulações que acumulam poeira e a umidade estimula o crescimento de microrganismos em seu interior.

O intervalo de tempo indicado para essa limpeza varia entre seis e doze meses, independentemente da frequência de uso ou do tipo do ar condicionado.

Como cuidados adicionais citamos que não se deve ligar o carro com o ar ligado, para não sobrecarregar a bateria durante a partida no motor.

Evitar o mau uso da recirculação do ar condicionado. Por exemplo, em estradas com muita poeira a função de recirculação é fundamental já que ela tem o objetivo de evitar a troca entre o ar interno do automóvel e o ar externo e ainda ajuda a tornar a refrigeração mais rápida.

Todavia, é importante que não fique ativada indefinidamente, pois se o ar interno não for trocado por um longo intervalo de tempo, a concentração de gás carbônico pode se acentuar na cabine e até causar sensação de sono e cansaço nos ocupantes, comprometendo saúde e segurança, já que as chances de acidentes se ampliam.

Para economizar combustível em dias muito quentes, abra as janelas do veículo e deixe o ar quente sair antes de ligar o sistema, reduzindo o tempo de ativação do compressor até a temperatura ideal ser atingida.

Também é importante não ficar muito tempo ligar o ar condicionado. Mesmo durante o inverno, indica-se ligá-lo ao menos uma vez por semana para garantir a eficiência do gás refrigerante e reduzir o risco de rachaduras surgirem nas peças de borracha responsáveis pela vedação do conjunto.

O componente que inevitavelmente tem que ser trocado com regularidade é o filtro de ar, apesar da maioria dos usuários julgar que isto não é tão importante.

Basta refletir que todo o ar que você respira dentro do seu veículo quando o ar condicionado está ligado, passa por ele.

Então quanto mais sujo ou velho ele estiver, pior será a qualidade do ar no interior do carro, disponível para você e todos os ocupantes, sejam adultos ou crianças.

O filtro tem a função de reter poeira, fuligem e impureza do ar. Atualmente, são compostos com camadas de carvão ativado o que aumenta a eficiência na filtração das partículas e também impede que os maus odores penetrem na cabine.

Fica fácil compreender que se o filtro de cabine não for substituído com regularidade, a umidade se acumula na sujeira filtrada e a cabine do carro torna-se um ambiente com odor desagradável e até fértil para o desenvolvimento de microrganismos.

A vida útil deste tipo de filtro depende do ambiente onde o veículo trafega. Se ele rodar sempre em vias urbanas, com alto tráfego de caminhões, ou em estradas de terra, o filtro irá ficar saturado em poucos meses.

Para circulação em condições normais, é recomendado que sua troca seja realizada no máximo uma vez ao ano ou a cada 10.000 quilômetros.

Contudo, é importante ficar atento aos sinais que indicam que a sua eficiência filtrante está comprometida, como por exemplo, odor ruim quando a ventilação é ativada, diminuição do fluxo de ar, episódios alérgicos devido à proliferação de fungos e bactérias entre outros sinais.

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